22 de dezembro de 2009

Dançar parada

Entrei no carro e tinhas esta música a tocar aos altos berros e pensei logo que tinhas ficado maluca de vez! =P Mas depois tu deste-me aquele sorriso lindo que tens e disseste-me "Vamos dançar paradas até chegarmos a minha casa?". Eu obviamente fiquei logo empolgada e disse-te entre gargalhadas que sim!

Foram umas horas bem passadas, continuas uma miuda adorável e doida como sempre e deu para matar as saudades, o que foi optimo! :D

Aproveita as férias para descansar e te divertires com a família, que Espanha está a dar cabo de ti! :O

Obrigada pelas horas juntas e pelo meu milkshake preferido *.* E pára de me mimar, porque assim tenho sempre mais saudades tuas do que seria suposto oh! *little child smile*

17 de dezembro de 2009

Bounds

"So we're bound to linger on

We drink the fatal drop

Then love until we bleed

Then fall apart in parts"

16 de dezembro de 2009

Dançar

Hoje tenho saudades de dançar contigo. Sim, só contigo! Na praia, na rua, em casa, onde fosse, desde que fosse contigo. Infelizmente nunca mais poderemos dançar juntos e hoje apenas me resta dançar sozinha e imaginar que estás aqui comigo, a secar-me as lágrimas e a dizer-me num abraço que vai ficar tudo bem...

Tenho saudades tuas Fábio, porque eras o meu par perfeito para a dança!

"Gone wild and free, baby!" <3

13 de dezembro de 2009

Secret Smile

Após dias doente de cama, hoje finalmente sinto-me melhor e tinha que postar esta música que me dedicaste hoje.

Obrigada pela paciência e por teres sido a minha enfermeira nos últimos dias, foi óptimo!

Esse sorriso secreto é teu, guarda-o pertinho do coração, sim? =)

E sonha com dias lindos na praia, porque a liberdade é nossa!

Obrigada por me dizeres ao ouvido "Vai passar..." quando estava com dores e por me fazeres festinhas quando estava com febre.

<3

8 de dezembro de 2009

Invaders must die - The Prodigy

Concerto lindo! Brutalíssimo mesmo!

*lado lunar*

6 de dezembro de 2009

Chocolate

O sótão estava todo à média-luz, sendo só alguns móveis antigos iluminados e debaixo da clarabóia, um espelho antigo de mármore. A música francesa conferia uma aura enigmática ao mesmo, levando a sua proprietária a acreditar que estava no século XX. Dançava alegremente e de forma apaixonada, com o seu vestido vermelho e os seus sapatos pretos de salto alto. A madeira rangia conforme ela pisava o soalho em madeira, dando a ideia de haver mais um instrumento a intervir na música que se fazia ouvir na atmosfera quente, naquele fim de tarde de Outono.
O seu corpo cansado por causa da dança, pedia descanso e um desejo vinha crescendo nela há já um bocado. Era o desejo por chocolate, acompanhado pela vontade de abraçar o mundo. Deitou-se no chão e ficou a ver a sua figura reflectida no espelho, que era bem iluminado pela luz do pôr-do-sol. Quando os seus olhos se desviaram um pouco do espelho, pôde ver em cima de um móvel uma caixa de chocolates semi-aberta, como que a convidá-la para se perder em tentação. Fixou de novo a sua atenção no espelho, reparando nos detalhes, como a sua barriga a subir e descer consoante a sua respiração, a sua cabeça ligeiramente inclinada para o lado, as suas pernas esguias quase todas visivéis, pois o vestido estava subido. Sentiu-se uma mulher sensual, com os seus cabelos ruivos e curtos, lembrando uma actriz francesa de outros tempos, capaz de fazer fosse o que fosse e que tinha direito a tudo o que a vida tem de bom para lhe dar.
Mudou o albúm no gira-discos, pondo desta vez Édith Piaff, uma das suas cantoras preferidas e que mais a fazia sonhar com viagens e tempos áureos da vida europeia. Deixando a sua mente vaguear até Paris, encaminhou-se para a caixa de chocolates e escolheu um bombom, trincando metade deste e saboreando intensamente aquela refinada emoção em forma de doce.
Voltou a dançar, apreciando em êxtase aquele momento indescritível, indo dançar em frente ao espelho. A vontade de querer abraçar o mundo desde o seu misterioso sótão não lhe saía da cabeça... Foi então que teve uma ideia! Pintar os lábios com o chocolate e mandar um beijo apaixonado para o espelho, podendo assim dar uma parte de si.

Decidiu assim que sempre que decidisse dar um presente a alguém, daria uma caixa de chocolates e mostraria como a vida pode ser mais doce, apenas pintando os lábios com o chocolate.
A vida realmente poderia ser mais doce com chocolate e música, pois estas duas coisas geram boa disposição e boas energias.

30 de novembro de 2009

Os Sinais do Medo - Ana Zanatti

Adorei este livro, aborda a homossexualidade de uma perspectiva diferente, com histórias diversas de várias gerações.

"Neste momento não me podes ouvir, embora eu nunca me tenha sentido tão perto de ti. Foi sempre umas das minhas grandes interrogações. A eficácia do que tentamos comunicar, a traição das palavras, a capacidade de nos compreendermos uns aos outros. Como vencer esta espécie de autismo que nos condena à solidão?"

21 de novembro de 2009

Porcupine Tree

Foi a música que fechou o concerto de ontem, que foi espectacular! Foi uma agradável surpresa realmente, pois fui para o concerto conhecendo umas 2/3 músicas da banda, e saí de lá a adorar e a querer ouvir tudo deles!

16 de novembro de 2009

In chains - Depeche Mode

Foi o melhor concerto da minha vida e vi-o na primeira fila! xD

Fica aqui uma das músicas que mais gosto deles, e que me fez cantar e gritar feita doida =P

A rouquidão foi do melhor no dia a seguir! Mas valeu tudo a pena!

"Let me see you stripped down to the bone..."

3 de novembro de 2009

Arco-íris

“Pinta em mim as cores do arco-íris por favor...” pediu-me ela sussurando ao ouvido, com aquela voz doce como o mel, esboçando um sorriso tímido, como se fosse uma menina de 5 anos e não uma mulher adulta já.
Eu acedi ao seu pedido e procurei o meu estojo antigo de arte, que usava até à adolescência nas disciplinas de trabalhos manuais. O estojo estava até com pó, mesmo estando guardado no gavetão debaixo da minha cama, pois já não era usado há anos. Tirei os pincéis e as aguarelas de lá, fui buscar água à cozinha e quando voltei ela estava sentada de pernas cruzadas e braços repousados por cima dos joelhos, com os seus olhos grandes e escuros, envergando um sorriso maroto, olhando fixamente para cada movimento meu.
Quando preparava as coisas, ela chamou-me para perto de si, para eu me sentar em frente a ela. Beijou-me e começou a desenhar com os seus dedos na minha cara, depois pescoço e finalmente braços, provocando em mim uma onda de arrepios e sensações de prazer. O seu toque era tão subtil e ela tocava-me tão ao de leve, que fechava os olhos e era capaz de ouvir o meu coração bater apressadamente, era capaz de ouvir a sua respiração ofegante a misturar-se com a minha, capaz de visualizar tudo o que estava acontecer, apenas de forma mental e sensitiva.
Elas gostavam de ter espaço e tempo para ligar aos detalhes, aos 5 sentidos que os seres humanos têm, por isso concentravam-se para ouvir, ver, sentir, cheirar e saborear tudo em cada momento.
“Para te pintar, tenho que te despir a camisola e vendar os olhos, para que sintas o que estou a fazer e para depois quando vires o trabalho final ser uma surpresa, pode ser?” perguntou a pseudo-artista, ao qual a outra acedeu prontamente.
Após lhe tirar a camisola e vendar os olhos, pedi que se deitasse e pintei-lhe na barriga um arco-íris e uma cara sorridente, usando o umbigo como nariz, fazendo uns olhinhos de chinês por cima e uma boca enorme a sorrir.
Quando achei que a minha obra-prima estava acabada e bem feita, retirei-lhe a venda dos olhos, apercebendo-me que o soutien rosa completava a paleta de cores. Ela olhou para baixo maravilhada e desatou a rir por causa da cara que eu tinha feito por baixo do arco-íris. Abraçou-me e com a cara iluminada à meia-luz, devido à luz que se extinguia lá fora por causa do final da tarde, disse-me toda eufórica “Pintaste um arco-íris e uma cara sorridente em mim, tornando-me uma pessoa melhor. Agora só te falta fazer o mesmo por outras pessoas que também precisam de sorrir de forma espontânea e precisam esquecer a sua dor, como é o caso de crianças que estam em sofrimento por vários motivos, por exemplo, doença...”.
A ideia entrou-me na mente como um projéctil e fez com que se acende-se uma lâmpada que há muito tinha sido fundida, por falta de iniciativa ou coragem, que foi a de fazer voluntariado, ajudando crianças que precisam de preferência.
Dei-lhe a mão com força e senti uma onda energética correr entre nós, como a concretização de um objectivo, numa tarde cinzenta de Outono que à partida não tinha nada de diferente das outras, mesmo que fossem tardes luminosas, tendo esta um propósito.
Eu disse entusiasmada: “Já que gravei na tua pele essas cores todas e na nossa mente este momento único e lindo, acho que vou começar a pintar sorrisos de arco-íris onde puder.”
O final da tarde foi passado a rir e sentindo aquela felicidade conquistada aos poucos, da melhor forma possível, sendo esta acompanhada de sentimentos que flutuavam no ar, contacto físico intenso (misturando-se as tintas nos dois corpos femininos) e bonitas perspectivas futuras, que solidamente se tornariam projectos de vida.

2 de novembro de 2009

Plateau

As luzes incidiam sobre ela, cegando-a. Encontrava-se no meio daquele campo amplo e todas as luzes existentes, iluminavam-na. Ela só estava cega porque queria, pois tinha sempre a hipótese de fechar os olhos ou sair dali. Mas por preserverança ou teimosia permanecia imóvel no mesmo sítio, perdendo a noção do tempo ou de quem era naquele momento.
Uma chama ardia dentro dela, deixando que o que a cegava no exterior, chegasse ao interior também, inflamando assim todo o seu ser.
A cegueira exterior fez com que ela se concentrasse no seu interior, analisando os factos irreversíveis e inegáveis do seu passado, que vagueavam sem destino dentro de si, pois não conseguiam encontrar uma saída para o exterior. Essa libertação era necessária há muito, mas vinha sendo adiada, por falta de tempo e espaço, ou então por ela reprimir o que sentia e queria na realidade.
Fechou então os olhos e inspirou bem fundo, sentindo-se e sentindo o que estava à sua volta, pois de olhos fechados a realidade torna-se bem diferente, pois estar sozinha na escuridão pode ser assustador ou reconfortante, principalmente quando só o silêncio nos circunda. Tudo depende de como se lida com a situação. Ela optou por ficar calma ao tentar entender o turbilhão de sentimentos e emoções que iam dentro dela, ouvindo o seu coração e apelando ao seu lado racional, que lhe dizia para libertar tudo de uma vez por todas, pois o passado estava a consumir o presente há demasiado tempo e há coisas com as quais não se pode lutar.
Chega sempre o momento em que se tem de parar de lutar contra as coisas e principalmente contra nós mesmos, e ela apercebeu-se disso, quando se deu conta que não podia mesmo ver com aquela luz toda a incidir sobre os seus olhos frágeis.
Estudou todas as suas particulas ao pormenor, tentou recordar-se das coisas importantes da sua vida até então, sentir ao máximo o que o ambiente envolvente lhe transmitia e perceber o que queria naquele instante.
Chegou à conclusão que era ver com clareza, era sair daquele campo enorme e vazio, onde se sentia tão pequena como uma formiga e voar, voar o mais longe possível, para conhecer sítios novos e coleccionar lembranças inesquecíveis. Tudo residia na diferença dos seus actos, dos seus pensamentos e na forma de ver os sentimentos, através da introspecção e aceitação da iverosímel verdade.
Finalmente abriu os olhos. As luzes tinham baixado e agora que se sentia mais livre, podia caminhar firmemente e ver o que a envolvia, um campo à meia-luz, vazio, mas cheio de sentimentos libertados e energias renovadoras. E ela estava também cheia, pois as lágrimas tinham corrido pelo seu rosto e abandonado o seu interior confuso e preso há tanto tempo, dando-lhe a opção de optar entre fugir ou encarar de frente as suas escolhas. Ela optou por encarar a realidade e viver consoante a mesma, sendo sempre fiel aos seus objectivos e sonhos.
Correu velozmente pelo campo, sentindo o cheiro a relva molhada da chuva que começava a cair levemente sobre si, sorrindo com vontade e inspirando profundamente a sua liberdade.

5 de outubro de 2009

15 de setembro de 2009

Familia comum? Onde? xD

Epah os meus pais só dizem asneirada e eu pensei para comigo "Se eles são assim, não admira que eu também seja assim, não é? Realmente saio a eles e não fui adoptada como às vezes penso!" O.O

Mãe - Estás a ouvir-me?

Eu - Han?

Mãe - Bem me parecia que não me estavas a ouvir. Parece que tens bananas nos ouvidos!

Eu - Bananas?

Mãe - Sim, bananas. Se tivesses bananas enfiadas nos ouvidos não me conseguias ouvir!

*O meu pai corta uma fatia de melão larga*

Mãe - Isso é uma fatia ou uma roda de um carro?

Só tenho a comentar: MUITO normais não haja dúvida! XD

14 de setembro de 2009

Misty Circus, 1. Sasha, el pequeño pierrot

Sasha Poupon es un niño muy peculiar de 10 años. Su cabello es cobrizo, tiene unos ojos grises muy grandes y lacrimosos y viste con un original disfraz de arlequín. Desde muy temprana edad, Sasha se caracterizó por un físico muy ambiguo, por una gran timidez y sobre todo, por un estado de ánimo bipolar que alterna episodios de euforia excesiva con la tristeza más absoluta. Es tan especial que ello le hace diferente a todos los niños de su edad, motivo por el que es rechazado por sus compañeros de escuela, que se ríen constantemente de él.

Todo en su vida es una dualidad, los colores blanco y negro, la luz y la oscuridad, la tristeza y la alegría, lo masculino y lo femenino, la noche y el día, la vida y la muerte...

Su lema: “La sombra es la luz que no ves”.

Apaixonei-me por este livro, pois já adorava a obra da autora, Victoria Francés, mas este fascinou-me imenso. Foi a única coisa boa do meu dia de hoje...

12 de setembro de 2009

Depeche Mode + True Blood

Quem for sensível a sangue, não veja o vídeo, é apenas um conselho. Adoro a música do novo albúm e mal posso esperar para vê-los de novo ao vivo! Vão arrasar como sempre xD

9 de setembro de 2009

Crazy day xD

Sair de um exame (que até correu melhor do que eu estava à espera) e ter 3 malucos a irem me buscar de carro com esta música a tocar aos altos berros, de vidros abertos e depois gritarem a minha alcunha super alto é giro!! Depois irem me buscar e as minhas colegas a olharem para mim com ar espantado, do estilo "bem me parecia que ela era maluca" looooool xD Do best mesmo! hehe

*Dançar loucamente e ter um lanche à minha espera com coisas optimas*

*Ouvir música no carro aos altos berros e cantar feita doida*

*Andar de mota quase ao por do sol, sentindo o vento na cara e os cabelos esvoaçantes*

*Comprar o bilhete para o concerto dos Depeche Mode e ver uma curta-metragem portuguesa*

*Roses on shoulders*

Thank you guys for this afternoon really! E vejam lá o que andam a preparar, ouviram?! xD

8 de setembro de 2009

Billy Elliot

Tutor: What does it feel like when you're dancing?
Billy: Don't know. Sorta feels good. Sorta stiff and that, but once I get going... then I like, forget everything. And... sorta disappear. Sorta disappear. Like I feel a change in my whole body. And I've got this fire in my body. I'm just there. Flyin' like a bird. Like electricity. Yeah, like electricity.

4 de setembro de 2009

Dancing in the rain

“Life is not about waiting for the storms to pass... It's about learning how to dance in the rain."

24 de agosto de 2009

21 de agosto de 2009

Edu <3

Bem este blog parece estranho devido aos ultimos posts loool porque ontem postou o Tiago e hoje posto eu em honra do meu maninho Eduardo =)

Porque fazes hoje anos, porque é a nossa música e porque somos nós, sempre!!! Há anos e para sempre!!

Amo-te muito e espero que passes um dia optimo!!

20 de agosto de 2009

To you Little One <3

Bem gente, quem está a escrever é o Tiago (se não me conhecem, perguntem depois a ela quem sou lol).

A Kat (para mim, Deep Eyes ou Little One, entre outras tantas coisas que lhe chamo), deu-me autorização para pôr aqui algo por ela, pois não tem internet agora porque está doentinha e de castigo em casa, após eu chateá-la imenso dizendo que tinha uma surpresa para ela.

Pus esse video aí porque CSS era uma das nossas bandas (e ainda é) e me lembra sempre dos nossos fantásticos momentos na praia ou na piscina a dançar feitos parvos, principalmente a Deep Eyes, Bat e Fábio, que pareciam ligados à electricidade XP

Vou ter imensas saudades tuas menina dos olhos penetrantes. Sempre soubeste que iamos acabar todos por emigrar ou voltar às origens, não é? Já decidi e vou mesmo para Toronto... Mas antes de ir ainda vamos passar bons momentos juntos, até porque em princípio no início de Setembro vamos ter cá duas visitas que vais adorar ver (embora de uma delas vás fugir a sete pés haha as always).

Olha quando vires isto manda-me mensagem para te ligar. Agora vou surfar e aproveitar os últimos dias aqui na Nova Zelândia, que isto é brutalíssimo!!

E lembra-te: "No pain, no gain!"

P.S. Não me despeço porque tu não gostas e eu também não =P *our crazy dance*

My love as always,

Tiago

2 de agosto de 2009

Guincho Beach

Muitas memórias nesta praia, sem dúvida! Um dia voltamos a repeti-las, ok? Há coisas que já não fazem sentido, nem se sentem da mesma forma, mas a praia continua a mesma, apenas nós estamos diferentes. Desculpem não ter tido ido hoje com vocês à praia e não me ir despedir pessoalmente, mas não gosto de despedidas...

Here comes the sun, here comes the sun,

and I say it's all right

Little darling, it's been a long cold lonely winter

Little darling, it feels like years since it's been here

Here comes the sun, here comes the sun

and I say it's all right

Little darling, the smiles returning to the faces

Little darling, it seems like years since it's been here

Here comes the sun, here comes the sun

and I say it's all right

Sun, sun, sun, here it comes...

Sun, sun, sun, here it comes...

Sun, sun, sun, here it comes...

Sun, sun, sun, here it comes...

Sun, sun, sun, here it comes...

Little darling, I feel that ice is slowly melting

Little darling, it seems like years since it's been clear

Here comes the sun, here comes the sun,

and I say it's all right

It's all right

So long babies... I will miss you both!

27 de julho de 2009

Catarsis

Quando te arrancam partes da pele à dentada e te roubam também bocados da alma, levando quase tudo aquilo que ainda era puro e estava intacto... Nem olham para a tua alma, não te vêem, não te reconhecem, apenas querem o teu corpo e não vêem o mal que há nisso, somente te querem fisicamente, corrompendo as partes boas da tua alma, aquelas que podiam ser aproveitadas para algo bom e grande, mas que assim ficam perdidas na calçada da vida e talvez nunca mais sejam possíveis de ser recuperadas...

E tu queres lutar, fugir, vencer... Mas deixaste ir levada pela luxúria e o prazer momentâneo, acordando passado horas, perdida de ti e sem pontos de ligação que te prendam à vida que sonhaste, tranquila e feliz. Sentes-te um bocado de carne, sem alma e sem rumo. E permites que te arranhem, te firam mais uma vez, te deitem mais abaixo as barreiras protectoras da tua pele, já vermelha dos arranhões e das dentadas. E mergulhas na dor e parece que ficas insensível ao toque, seja este ligeiro ou intenso.

E vês o outro lado, aquele onde és capaz de encontrar paz e conforto. Mas parece-te tão longe que nem sequer tentas lá chegar, pois parece-te inalcansável e não queres lá ir também por medo e por saberes que algo tão puro te trará dor e sentimentos que fizeste o máximo de esforço por enterrar e apagar das tuas memórias. Sentes-te incapacitada para lutar, como se fosse impossível atingir o zenith da tua mente e corpo, como se te contentasses com uma felicidade banal e socialmente aceite, só porque sim, esquecendo o nirvana com que sonhaste.

E tudo devido à tua fraqueza humana, mais uma entre milhões...

26 de julho de 2009

Mergulhar

Mergulhara o mais fundo possível no lago e agora nas profundezas, nua e sem nenhum objecto que lhe pudesse fornecer oxigénio, desfrutava do sabor agradável da água gélida, do escuro reconfortante e da companhia dos animais e plantas marinhas à sua volta. Sentia-se alienada de tudo, vendo apenas uma luz intensa por cima de si e o escuro que parecia infinito por baixo.

Ali ela era livre e a inércia instalava-se dentro da mesma, quando esta tentava aguentar o máximo de tempo concebível sem respirar, como se a ausência de ar nos pulmões e, consequentemente, no cerébro, a fizessem explodir por dentro, libertando toda a tensão acumulada nos seus membros atrofiados pelo stress.

Quando já não aguentava mais debaixo de água, impeliu o seu corpo para cima com um impulso magnífico, que parecia que aquele era o seu meio natural desde sempre.

Ao chegar à superfície inalou com força o ar puro, que foi injectado nos seus pulmões em esforço devido a ter estado restringido à passagem de ar. A luz cegou-a por instantes, fazendo-a ver com o coração e a mente a realidade exterior, sentindo de outra forma tudo o que até então conhecera.

Continuava livre por dentro, despida de preconceitos e das correntes que a aprisionavam na vida, e livre por fora, despida de todos os objectos que a prendiam às coisas materiais.

23 de julho de 2009

Alright

Fintava a noite com passos largos, imune ao frio e ao vento, como se nada lhe pudesse tocar. A verdade é que ela não sentia nada físico, só a música que lhe entrava pela mente dentro. Com phones postos, parecia surda face ao exterior, às vozes que teimavam em falar com ela sem perceberem que ela não queria ouvir. Ignorava e continuava a andar cada vez mais rápido, com os cabelos esvoaçantes e olhos fixos no horizonte, sorrindo de forma alucinante, desafiando o destino.

A sua mente estava longe e do nada o objecto tecnológico vibrou no seu bolso e tinha uma mensagem que dizia “Onde estás?”, ao que ela respondeu “Longe, bem longe...”. A pessoa que enviou a mensagem respondeu “Leva-me contigo!”.

Mudou a rota, voltando para trás e apenas respondendo “Vou-te buscar e vamos fugir do mundo por momentos. Quanto mais longe melhor...”.

(...)

De mãos dadas, encaravam a noite fria em silêncio, apenas sentindo calor e aconchego devido à união das suas mãos. Ambas ausentes do mundo, mas presentes nas suas mentes invadidas de liberdade, pensamentos e música.

A calma de um jardim e o contacto dos seus corpos com a relva molhada fez parar o silêncio e fechou o momento com um abraço longo e apertado, libertando-as de si mesmas e fazendo-as sentir algo físico, que até então não conseguiam, pois havia toques que magoavam quando incidiam na pele directamente.

A dor cessou em parte e foram inundadas por uma paz e sensação de alívio, pelo menos naquele lugar e tempo, onde o mundo parara e elas eram livres e reais.

22 de julho de 2009

Skate Park Party!

Bem, o dia e a noite de ontem foi uma mistura de emoções como muitas vezes acontece, em dias muito intensos e que acabam por ser sempre importantes na minha vida. Hoje estou diferente, sinto-me diferente e isto deve-se ao dia de ontem.
De tarde fui comprar a minha corrente das algemas *.* A Mia acompanhou-me e foram umas horas calmas, porque estava meia apática, "Nem parece que é a tua festa de anos hoje à noite" disse-me ela e com razão, porque estava cansada, com dor de cabeça e sem disposição para uma festa realmente...
A disposição mudou após uma conversa necessária e após estar com pessoas de quem tinha saudades, de ver que tenho muita gente importante na minha vida e dispostas a andar imenso até chegar a um parque de skates (tudo carregado com compras e uma pessoa em particular com uma mala bem pesada...).
Foram horas bem passadas, a ouvir música e a falar, rir e chorar (porque havia quem tivesse de libertar algumas emoções a extravazar...). O importante foi que toda a gente se divertiu e ainda bem. Eu só dancei duas músicas e ambas com a Mia (porque mais ninguém queria dançar!), mas foi bom. A dor de cabeça lá acabou por passar após ter descansado um pouco, aninhada a alguém *.*
Consegui dar atenção a toda a gente e falar com todos, o que no meio de 11 pessoas é difícil :O
Quero agradecer a todos os que foram e dizer que muita coisa mudou na minha vida, pois estou num período de transição e tenho que tomar decisões radicais.

E foi mais um dia 21, mais uma noite entre amigos (embora alguns não tenham ido e tenham feito falta), mais um dia e noite intensos que mudaram a minha forma de ver a minha vida e a dos outros, aprendendo com isso.

P.S. Ai e sinto falta de escrever, já não o faço há uns dias, mas tenho tanta coisa em mente, tantas ideias, quem nem sei por onde começar... =P Mas prometo que depois posto coisas bonitas para todos vocês lerem.

17 de julho de 2009

Liberdade

Enquadrava a cena e observava-a como se fosse uma mera espectadora, como se não fizesse parte do contexto, não fosse parte integrante da acção que decorria à sua volta. Diante dos seus olhos corpos falavam sem expressão facial definida, como se fossem marionetas sem fios, mas não manipuladas por alguém, mas sim pela própria sociedade, uma manipuladora implacável. Implacável e mais abrangente, pois no fundo todos pertencemos à sociedade, sendo actores por um lado e manipuladores por outro.

Todos vivemos em busca de uma imagem definida, um papel onde encaixar e sentirmo-nos bem com ele. Mas há gente anacrónica, que não se insere em tempo ou lugar algum, e há gente que se julga dona e senhora de tudo e todos...
Os papéis na sociedade são dificéis de atribuir. É difícil atingir e manter um status que se insira em todos os campos da vida actual, o que me leva a crer que há pessoas que vivem condicionadas, ou seja, a liberdade não chega a elas, porque ficam presas à imagem e à reputação a manter, só lhes restando nalgumas situações o fato e a gravata que enverguam.
Ser livre por vezes pode ser uma utopia se pensarmos em termos de inserção social, pois há sempre regras e responsabilidades, há sempre algo que nos prende ou nos chama para a realidade, nem que seja no contexto familiar. Por exemplo, o facto de termos de comparecer nas festividades e aniversários, porque senão julgam-nos e depois excluem-nos nas próximas vezes se for preciso. Claro que falo em termos geográficos, pois se uma pessoa for emigrante já tem desculpa para não comparecer, mas lá está, há uma para isso e o dever de responsabilidade noutro país.
Para mim, a liberdade é um estado de espírito, uma forma de vida, pois o nosso mundo e paz interior ninguém manipula, a não ser que deixemos tal acontecer. Se temos a capacidade de sonhar e pensar por nós próprios, então conseguimos ter momentos de evasão e privacidade. É aí que reside a nossa liberdade, na nossa capacidade de pensar, sentir, expressar as coisas à nossa vontade, mesmo que seja apenas para nós mesmos. Essa liberdade ninguém nos tira pelo menos. Já uma pessoa exteriorizar a sua liberdade é diferente, pois pode ser castrada pela sociedade ou mesmo por si mesmo, se não se sentir livre o suficiente para expressar e viver da forma como quer, quando sente a pressão da sociedade a recair sobre si, sentindo-se vigiado e/ou julgado...
Isto tudo remete à pergunta: “Então mas para quê ser livre se não podemos exteriorizar nada?”. Realmente tem lógica esta questão, pois pode dar a ideia de uma liberdade solitária ou condicionada, com imposição de limites e regras, mas foi por isso que disse que era um estado de espírito, como se o corpo se separasse da alma, deixando o nosso âmago vaguear livremente, dando-nos depois paz e satisfação, alienando-nos em parte do mundo e da sociedade onde vivemos.
Mas mais vale ter essa liberdade solitária e sentirmo-nos inteiros e livres de alguma maneira, do que nos sentirmos parcialmente ou totalmente presos e sem liberdade nenhuma.

Bebeu o copo de vinho que se encontrava à sua frente, tirou os auscultadores dos ouvidos e ouviu finalmente o que as pessoas sem liberdade social diziam, registando na sua mente aquilo que concordava e discordava, para mais tarde ter um monólogo, dissertando sobre aquele momento específico. Os seus momentos de evasão, enquanto tinha os auscultadores nos ouvidos e não ouvia o que as pessoas diziam, eram vitais para a sua sanidade mental e para ter a tal liberdade solitária, pois era aí que se sentia completa e bem, sem ter de representar qualquer papel.

"A pessoa que não tem ilusões, não tem desilusões."

16 de julho de 2009

Emotive

Adorei o documentário e acredita que me disse imenso, por vários motivos que tu sabes e mais ninguém precisa de saber. Escolheste esta música como "banda sonora" e eu resolvi postá-la, porque adoro-a e tenho o album "Emotive". Lembro-me de o ter comprado há uns anos e sou viciada em todas as músicas mesmo, e como hoje o meu estado está meio emocional, resolvi postá-la e dar o título de emotive.

Obrigada pela tua paciência e por entenderes sempre tudo, a sério! Ando stressada por causa dos exames e por causa das noites mal dormidas, mas tu tens sempre calma e entendes tudo, é incrível.

Olha e sabes que mais? Adoro quando me ligas só porque queres ouvir a minha voz a altas horas da madrugada e depois temos conversas com todo o sentido quando uma de nós adormece por segundos e depois acontecem coisas do estilo:

K - "Ah e tal, vamos ao planetário..." (descrição da sessão que vamos ver)

*silêncio durante uns segundos*

K - "Ouviste o que eu disse?"

S - "Sim, tavas a falar de converter um tipo de ficheiro para outro..."

*Rir até não dar mais de ambas as partes e despedirmo-nos para irmos dormir*

Um adoro-te público, pois mereces e já chega de postar textos ligados a ti e pôr tudo em código, que há coisas que devem ficar registadas não só nas nossas mentes e telemóveis, mas também neste meu "espaço" que é o blogue. E não vou escrever o teu nome aqui, porque quem me conhece sabe de quem falo.

O dia de hoje foi mais ou menos isto:

*abraço e sorrisos*

*união corporal*

*contemplação*

*paciência*

*apatia*

*abraço intenso*

(...)

*lágrimas e nó na garganta*

(...)

*surpresa*

*abraço de grupo*

*abraços individuais*

*brownies & vanilla milkshake*

*palavras lindas*

*compreensão e mais lágrimas*

Fogo já tinha imensas saudades de todos vocês! Adorei a surpresa, fiquei mesmo sem palavras... Desculpem andar desaparecida e obrigada pela vossa compreensão e por gostarem de mim como sou. Prometo que vou dedicar-vos um dia, até porque tenho de me despedir de duas pessoas não é, suas emigrantes do caraças?! xD

Tiago - És lindo, é apenas o que consigo dizer! Tornaste-te um gentleman como sempre imaginei que ia acontecer, um ser humano bonito mesmo por dentro e por fora. (Uma longa conversa aguarda-nos hehe, não te escapas!)

Maria - Olha, nem há palavras, és linda e bem sabes o quanto te adoro e estimo. Desculpa ser mázinha contigo por vezes, mas sabes que não é por mal... Thanks por tudo!

Bat - I've loved your change and you're more beautiful than ever all in love =P with a silly face and sparkling eyes *.* I hope that you and him last, I like what he does to you! (settle down)

Mariana - Apesar da distância, gostei do que disseste e desculpa ter sido dura contigo no passado, mas sabes que tinha razão... Continuas a mesma lolita, credo! -.-" *kidding*

Rafa - Sempre o mesmo galã do costume e sempre tão acertado em tudo o que dizes. Vê lá se páras de crescer pah! :O Tás enorme!!

Feeling Good

Uma cover da música da Nina Simone, grande dama do Jazz, "Feeling Good". Eu não costumo gostar de covers, mas desta dos Muse até gostei.

Uma música que a mim me traz paz e acalma, assim como as outras da discografia da Nina Simone.

13 de julho de 2009

Right

Lene Marlin - Here we are

Keeping my distance

I look but I don't really see

It's like things lose their colour

And people are walking right through me

To not pay attention

Not easy to see what's passing you by

I gave it a try

Did not see you coming my way

Now you wanna hold my hand

You chose to take it

The truth is that I never really thought we'd make it

Here we are

No chance I'm leaving

Ideas of love and life for sure can be deceiving

Here we are now

How come it just happened?

By that moment I should've known

A purpose of meeting

Like then I did not believe you so

Somehow you got to me

Never again will I put up a fight

When everything's right

Finally everything's right

Now you wanna hold my hand

You chose to take it

The truth is that I never really thought we'd make it

Here we are

No chance I'm leaving

Ideas of love and life for sure can be deceiving

Here we are now

Now you wanna hold my hand

You chose to take it

The truth is that I never really thought we'd make it

Here we are

No chance I'm leaving

Ideas of love and life for sure can be deceiving

Hold my hand

You chose to take it

The truth is that I never really thought we'd make it

Here we are

No chance I'm leaving

Ideas of love and life for sure can be deceiving

Here we are now

Here we are now

Esta música é simplesmente linda e transmite-me tanto...

É em dias como hoje que sinto que tudo faz sentido, finalmente começa a fazer sentido, melhor dizendo.

E mais uma proposta de estágio e desta vez vou à entrevista xD Que já recusei várias e não posso abusar da sorte.

Ai e estou quase de férias!! =) *happy dance*

12 de julho de 2009

Guano Apes

"You can’t stop me

I’m close enough to kiss the sky"

"Open your eyes, open your mind..."

(Guano Apes lyrics)

Como não os vou ver daqui a uns dias ao vivo e hoje andei a viciar-me na sua discografia, resolvi fazer um post sobre eles e fugir um pouco ao estudo, senão ainda fico demente de vez =P

Escolhi esse vídeo por ser a primeira música que ouvi deles e não por outro motivo em especial.

1 de julho de 2009

Alvorada

A alma ascendia como se fosse para o céu, naquele início de dia, quando o bréu desaparecia e dava lugar a uma tonalidade vermelha, que flamejava no céu e iluminava toda a planície.
Os reflexos no rio evidenciavam a alvorada que nascia, sendo completada pela paisagem verdejante dos campos envolventes, mais vincados pelo clarear do amanhecer.
O silêncio imperava, ouvindo-se apenas os sons revigorantes da Natureza, o que conferia ao ambiente uma sensação de paz e liberdade, que se manifestava em sorrisos e suspiros de felicidade.
Os olhos fotografavam aquela esplendorosa imagem, gravando na mente cada pedaço visto e vivido, perpetuando assim aquelas horas, de intermináveis minutos e segundos bem aproveitados, assinalados pela intensidade de beijos, toques e abraços.
A efemeridade ali não tinha espaço para existir, dando vontade de congelar aquela noite e início de dia, nada ou pouco planeado e em si tão espontâneo e real, que quase se podia marcá-la na pele, para respirá-lo mais tarde.

(26/05/2009 )

Neste momento queria voar, desaparecer durante umas horas e não ouvir os berros que ecoam na minha cabeça. Não queria ter o gosto amargo que tenho na boca e a garganta arranhada de gritar também... Queria ser livre por alguns instantes e ter o abraço da pessoa que me sabe acalmar. Vou fugir durante umas horas, isolar-me do mundo e ser livre.

*21*

30 de junho de 2009

Ponto de Luz

Escutando no vento

Tua voz secreta

Que me sopra por dentro

Deixa-me ser só ser

No teu colo eu me entrego

Para que me nutras

E me envolvas

Deixa-me ser só ser

Um ponto de luz

Que me seduz

Aceso na alma

Um ponto de luz

Que me conduz

Aceso na alma

Por trás dessa nuvem

Ardendo no céu

O fogo do sol raia

Eternamente quente

Liberta-me a mente

Liberta-me a mente

Um ponto de luz

Que me seduz

Aceso na alma

Um ponto de luz

Que me seduz

Aceso na alma

O seu corpo deslizava languidamente pelas pedras da calçada, os seus pés descalços e ensanguentados suportavam o seu peso leve, mas que devido ao cansaço, parecia pesado.

A noite tinha sido longa e extenuante, e agora aos primeiros raios de Sol, a cidade parecia-lhe ainda maior, pois via tudo claramente, ao contrário de quando era de noite e via as coisas parcialmente, à luz artificial e ténue dos candeeiros, da luz das montras das lojas e da Lua, que quase desaparecia num céu estrelado, mas com nuvens.

Deambulou horas a fio, tentando encontrar um lugar calmo e aconchegante, mas sem sucesso. Só agora de manhã é que conseguia ter consciência do que procurava, um lugar onde se pudesse isolar do mundo e sentir paz e vida pura.

Estava tão cansada dos mesmos sítios, pessoas e sentimentos... Não havia praticamente nada de novo, onde se pudesse ligar e sentir inteira. Por isso decidira vaguear pela cidade de noite, onde tudo é mais calmo e silencioso, pois sentia essa necessidade.

A noite toda andou e nada de novo viu. Só quando o dia começou a nascer e já não sabia onde estava, encontrou um jardim. Não se sentiu nada perdida mal o viu, muito pelo contrário, sentiu que encontrou o sítio que procurara a noite toda e resolveu entrar pelos portões convidativos, enferrujados pelo tempo.

Os seus pés em contacto directo com o solo devolveram-lhe o sorriso que há muito não existia no seu rosto, o vento acariciou-lhe a cara e as mãos, fazendo todo o seu corpo balançar alegremente. As feridas já não lhe ardiam, os seus olhos cansados e sem vida, ficaram atentos e vivaços, quando contemplaram a beleza da Natureza e foram envolvidos pela paz ali presente naquele jardim escondido no meio da civilização frenética e apática que há numa grande cidade.

Deu gargalhadas de satisfação, rodopiou até cair no chão de tão tonta que estava. Tinha encontrado um refúgio e isso era uma lufada de ar fresco na sua vida, sabia bem.

29 de junho de 2009

Sonho num jardim

As primeiras nesgas de claridade da manhã entravam pela janela e incidiam-lhe na cara, iluminando-lhe o rosto sereno. Os seus olhos não se queriam abrir, nem o seu corpo se soerguer ao início de mais um dia. Os seus lábios abriam-se num esgar, que rapidamente se abriu num sorriso largo e sincero, quando um suspiro se soltou da sua boca, quando ela sentiu o seu corpo ser envolvido num abraço quente. Ainda sonhava e, de olhos fechados, aninhou-se ao corpo quente e firme de quem a abraçava tão carinhosamente.

O seu sonho confundia-se com a realidade e ela já perdia a noção do tempo e espaço, inconsciente psicologicamente, mas consciente fisicamente do que se passava consigo.

Notas indeléveis estavam ali presentes, e a música que tocara no dia anterior quando fizeram amor, ainda ecoava na sua mente dormente e num turbilhão de pensamentos. O seu corpo crepitava ainda de desejo, ressentido de tudo, dorido ao de leve. Os seus pulmões ainda recuperavam do esforço, recebendo cautelosamente o ar que entrava neles, a sua pele ainda ardia e o seu coração palpitava de forma descompassada, num ritmo animado, mas inconstante.

Permaneceu deitada, de olhos cerrados, revivendo tudo outra vez, não deixando o dia nascer em si logo, pois queria sonhar mais com o que tinha sido tão real e único. Recusava-se acordar, pois queria descansar e recuperar forças para a segunda ronda de felicidade e êxtase.

Viver era bom, principalmente ao extremo, mas cansava. Por isso, ela descansava no seu jardim florido e seguro, contemplando a beleza do mesmo, para depois transitar para o mundo real e sentir essa paz e alegria também.

*Playground Love*

25 de junho de 2009

Arriscar

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade."

Carlos Drummond de Andrade

Concordo tanto com esta frase!
Na vida é preciso correr riscos e eu posso considerar-me feliz por ser corajosa o suficiente para corrê-los! Até nas cenas mais simples, como andar de skate ou fazer um desporto qualquer, vejo isso claramente, pois atiro-me sem medo de cair ou me aleijar. Desde que se tenha consciência das coisas, tudo vale a pena na vida.

24 de junho de 2009

Rio

O sangue escorria pelas suas pernas à medida que corria velozmente por entre as plantas, devido aos cortes abertos que tinha. O sol do fim da tarde batia-lhe nas costas e fazia com que ela visse a sua sombra diante de si, fazendo-a pensar que realmente aquele momento estava a ser real e não um sonho.
As suas pernas tremiam de cansaço, mas ela não podia parar de correr. Os seus braços doiam-lhe, meio dormentes, mas não podia baixá-los, porque senão perdia o equilíbrio no corpo. A sua cabeça latejava com os acontecimentos recentes que tinha vivido, mas não conseguia deixar de pensar neles. Da sua boca desprendiam-se pequenos gemidos de dor e ao mesmo tempo de prazer, enquanto corria a um ritmo rápido e constante a caminho do rio, que se encontrava a poucos metros de si.
O suor fazia com que a sua roupa se colasse ao seu corpo quente e esguio, naquele final de tarde abafado, onde nem uma pequena brisa se podia sentir. As suas feridas ardiam e anseavam por ser limpas, assim como o seu rosto salgado das lágrimas e do suor. Os seus pulmões pediam descanso e o seu coração também, entorpecidos pelo cansaço do esforço da corrida.
Mal alcançou o rio, mergulhou as suas vivências e renasceu em parte, afogando as suas tristezas e mágoas, na tentativa de esquecer o passado e lavando o seu corpo para um futuro mais risonho, que ela sabia estar para vir brevemente. As cicatrizes fechavam-se e as feridas que ardiam, lembravam-lhe que estava viva e que tinha de continuar sem medo e tenazmente o percurso da sua vida, assim como acontecia com o curso daquele rio, que nunca parava e que a cada dia se renovava com a passagem de nova água.
O seu reflexo na água revelava o contraste que havia em si, vendo reflectido duas pessoas diferentes, uma era ela no passado e a outra era ela no futuro, tendo assim de misturá-las e dar origem a um “eu” do presente mais íntegro e forte.
Despia-se da sua roupa suja e dos seus medos, mergulhava livremente naquela água límpida, lavando a sua alma e nadando nua, despindo-se dos seus complexos e vergonhas, como se fosse uma sereia encantada, cheia da magia que é a vida.

23 de junho de 2009

Under the Bridge

Sentada debaixo daquela ponte majestosa, ouvindo o barulho dos carros a passar por cima de si como se fossem trovões a rebentar, observava as luzes reflectidas no rio e sentia o conforto do silêncio que a rodeava. Era o primeiro dia de Verão, mas a noite estava fria e a brisa gelava-lhe a pele outrora quente.
A sua alma estava num turbilhão de sentimentos e lembranças, tendo flashes do passado antigo e também do mais recente. Braços quentes envolviam-na, aquecendo o seu corpo e alma, fazendo surgir um sorriso no seu rosto sereno. O seu corpo tinha um cansaço bom, diria até prazeroso, e as feridas das suas aventuras, que mais tarde virariam cicatrizes, sabiam-lhe bem, pois lembravam-lhe momentos felizes e bem passados.
A dor dentro dela e as lembranças más faziam parte do que ela era, faziam-na ter medo, mas o ser humano belo que a acompanhava, dava-lhe esperança e confortava a sua alma por vezes frágil.
O silêncio imperava e completava o momento, o seu olhar pensativo e meio perdido ligava-se ao da pessoa que estava ao seu lado, e ambas cavalgavam rumo a um destino incerto, mas esperançoso, pois tudo até ali tinha sido bom e fácil, confortável e diferente de qualquer vivência que tinham tido até então.
O cheiro da relva molhada confundia-se com os seus odores corporais e com os perfumes assentes nos seus corpos, embriagando o ambiente e embrenhando-se nas suas mentes, para que quando a saudade surgi-se, houvesse alguma coisa para reconfortá-las e trazê-las mais facilmente áquela noite fria por fora, mas quente por dentro.

“I lost my heart
Under the bridge
To that little girl
So much to me”

(Pj Harvey - Down by the water)

21 de junho de 2009

Sobriedade

O som trespassava-lhe a barreira de pele que protegia o seu frágil corpo, fazendo com que as feridas externas se fechassem, dando uma sensação de alívio. A música curava-a, o alcóol e a droga dentro de si ajudavam-na a libertar-se das feridas internas também, que a massacravam há já muitos anos.

Criava-se assim uma película envolvendo o seu corpo, como se fosse uma carapaça protectora, convertendo um corpo outrora frágil, em um mais resistente agora. Tudo rodopiava à sua volta e as imagens que os seus olhos registavam, passavam rapidamente diante de si, como se só ela estivesse parada. Observando tudo atentamente ao pormenor, distinguindo apenas pontos de interesse e focando-se neles, para mais tarde recordá-los de forma vívida.

As luzes e cores fortes do ambiente invadiam os seus olhos dilatados, enquanto que o suor se ia instaurando sobre a sua pele quente, pois dançava e saltava freneticamente ao ver o concerto. O suor escorria pelas suas costas arqueadas mais velozmente, o sangue subia à sua cabeça, o ar tornava-se rarefeito e o seu coração pulsava arrebatadoramente no seu peito. A sua mente girava, os seus pensamentos iam e vinham à velocidade da luz e dificilmente se centrava em algo concreto durante muito tempo.

A música envolvente do concerto chegava a si e embriagava-a duma forma mais autêntica do que se estivesse a ouvi-la nalgum aparelho tecnológico. Ali tudo era diferente, pois tinha pessoas à sua volta e consigo, em particular uma em especial, que a fazia se sentir não apenas como um invólucro para o seu prórpio corpo, mas uma pessoa viva e capaz de fazer os outros felizes. E, obviamente, também de ser feliz e viver apaixonadamente cada momento, cada pessoa, cada frêmito de vida que lhe era oferecido dia após dia.

Sentia a terra debaixo dos seus pés a vibrar e todo o seu corpo tremer com a forte voltagem de energia que saia das colunas, expandindo a música por um raio extenso à sua volta, para que todos pudessem ser contagiados com aquele concerto.

Segurava uma garrafa na mão, que também tremia pelos mesmos motivos e aumentava o seu grau de êxtase, cada vez que ingeria mais um pouco de sangria, que tinha a cor da paixão e o gosto doce do desejo.

A sua alma desprendia-se do seu corpo, voando livremente por entre as pessoas que se encontravam ao seu redor e ela apenas sorria, sentindo tudo com intensidade. Ela era invadida por uma energia agradável e viciante também, que a levava a libertar-se de todos os preconceitos que a sociedade lhe impunha por vezes e viver tudo ao extremo, sem se importar com o que as pessoas iam pensar ou não. Apenas era ela, autêntica e vivaz, engolindo aquilo que a vida lhe dava, e mastigando e deitando fora aquilo que a sociedade lhe queria impingir e ela não aceitava de forma alguma. Queria ser diferente e era, assumindo aquilo que sentia e vivendo abertamente a pessoa que queria que os outros vissem, quer gostassem ou não.

O cansaço não parecia chegar, mesmo ela já tendo a cabeça à roda nalguns momentos. Ia buscar energias no meio ambiente que a rodeava, nela própria e nos outros, que estavam num estado parecido ao seu e eram felizes naquele espaço e tempo.

Tudo acabou em sossego, após uma união de corpos e com o nascer do sol a raiar-lhe na cara no dia seguinte, quando resolveu finalmente ir dormir e sonhar com o que se tinha passado. Ficou apenas o vício da música, o bichinho de querer repetir a sensação de liberdade e felicidade vivida no concerto, e aumentou nela algo puro e belo, a que dão o nome de sentimento.

Nunca mais ficou sóbria desde então.

15 de junho de 2009

Squares and Circles

Este post vai parecer tão random, mas para mim tem significado, acreditem!
A escolha da imagem tem a ver com o facto de eu adorar quadrados, da minha mãe ter perguntado porque é que havia quadrados desenhados no chão da minha antiga escola (é para se jogar xadrez humano), de hoje ter visto na série Skins um parque de skate com quadrados desenhados nas rampas e as bolas de sabão foi por ter passado dias a ver pessoas se divertirem (e eu também) a fazer bolinhas de sabão com uma máquina xD
Hoje ocorreu-me a ideia, quando ia a caminhar na rua e a ouvir música, que a vida podia ser como quadrados e/ou círculos. Ok, a maioria de vocês deve estar a pensar "Pronto, ela queimou de vez!", mas não queimei nada. Tudo acaba por ser um círculo vicioso, certo? E a nossa vida podia ser posta como numa história em BD, aos quadradinhos, sendo cada quadrado uma cena da mesma.
E pronto, foi esta a lógica que me levou a fazer este post :p Era interessante fazer um desenho com isto, mas não sei desenhar loool. Também podia fazer uma montagem com esta ideia, mas agora não tenho tempo para isso, que os exames estão à porta e porque tenho preguiça, mas é uma boa ideia para o futuro, não acham?

P.S. Tenho escrito bastante e lido bastante, mas não sinto vontade de mostrar já nada, pois não acho suficientemente bom o que escrevo para mostrar já, desculpem... Eu sei que adoram ler as minhas coisas, mas estou numa de mistério e reestruturação interior, em todos os níveis. Mas daqui a uns dias já posto algo, prometo!

E hoje como estou lamechas (graças à parva da Irina q mandou um mail paneleiro), um muito obrigada a quem tem feito parte da minha vida nos últimos dias e me acompanha sempre! <3

8 de junho de 2009

Speechless

Quando os dias são demasiado intensos, fico sem palavras. As músicas sempre conseguiram falar por mim quando eu não conseguia, por isso ponho a que mais me marcou nos últimos dias.

http://www.youtube.com/watch?v=3_PdwEGlPQg

*Livre que nem um pássaro*

2 de junho de 2009

Haja alguém que tenha falado verdade porra!

"A arte é uma forma de crítica, porque fazer arte é confessar que a vida ou não presta, ou não chega" Álvaro de Campos

Poema em linha recta - Álvaro de Campos

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenha calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu que tenho sido cómico às criadas do hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenha agachado, Para fora da possibilidade so soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e fala comigo Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe; Todos eles príncipes na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecadp, não uma infâmia; Que contasse não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos, Arre estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos, mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que tenho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

1 de junho de 2009

Turn away, Run away

You leave in the morning

With everything you own

In a little black case

Alone on a platform

The wind and the rain

On a sad and lonely face

Mother will never understand

Why you had to leave

But love that you need

Will never be found at home

And the answers you seek

Will never be found at home

Turn away, run away, turn away, run away, run away ...

Turn away, run away, turn away, run away, turn away ...

Pushed around and kicked around

Always a lonely boy

You were the one

That they'd talk about around town

As they put you down

But as hard as they would try

To hurt to make you cry

You never cried to them

Just to your soul

No you never cried to them

Just to your soul

Turn away, run away, turn away, run away, run away ...

Turn away, run away, turn away, run away, turn away ...

Esta música é linda e foi a ouvi-la que escrevi o seguinte texto que aqui vou pôr. A letra é triste, mas a Mia disse-me quando a ouviamos "Esta música dá mesmo vontade de pôr a mochila às costas e partir...". Esta frase motivou-ne a escrever o que já muitas vezes senti vontade de fazer e nunca tive coragem.

Vira as costas e parte, abandona tudo o que conheces e julgas ter como certo na tua vida e caminha livremente para o desconhecido.

Desafia-te a ti mesmo e não te deixes paralizar pelos rostos tristes e hesitantes que deixas para trás, pois não são eles que te trarão a paz e felicidade que necessitas neste momento, para te sentires completo novamente, inteiro e livre como outrora.

Caminha com passos firmes e sem medo, pois se souberes para onde queres ir e o que procuras, não te perderás de certeza. E se perderes, serão os medos e inibições que te prendiam a uma vida banal.

Permite a liberdade aos teus pés, às tuas mãos, aos teus olhos, a cada partícula do teu corpo, que pede vibrantemente para correr e fugir dos sítios que conhece e que o sufocam.

Deixa a tua mente vaguear, gravando as novas imagens que vês ao longo do percurso e assimilar as mudanças pelas quais passas e eram necessárias para evoluires.

Só quando acabares a tua reestruturação interior é que puderás voltar para casa e mudar o que estava mal, observando com olhos novos a realidade que não vias ou ignoravas. Serás mais calmo, apto e decidido, terás mudado alguma coisa no mundo, ao torná-lo melhor com a tua mudança.

Sê corajoso e segue em frente, não olhes para trás.

(29/05/2009)

30 de maio de 2009

Explode

Estou tão viciada nesta música, que quase a podia considerar a banda sonora da minha vida nos últimos dias =P

Sentada à beira-mar, observando a rebentação das ondas, deixo o meu corpo desprender-se de mim e voar por cima da água, pairando levemente como se fosse um pássaro. Depois de voar livremente por algum tempo, sinto o teu olhar recair sobre mim, desde a cabana onde passamos a última noite, pois estavas lá sentada a olhar na minha direcção.

Levanto-me e constato que realmente olhas para mim, com um ar tão sereno e um sorriso nos lábios, a felicidade estampada no teu belo rosto.

Caminho apenas de lingerie e com uma écharpe a cobrir-me o corpo salgado e cansado da noite anterior, fitando-te com um sorriso também, procurando os teus olhos brilhantes, que me penetram a mente e me lembram da nossa união horas antes.

Em modo de provocação, passo a língua pelos lábios e deixo cair a écharpe, que desliza pelo meu corpo moreno e ondulante, quando chego perto de ti, já ofegante...

Sentada nas escadas, estendes-me as mãos para me agarrares firmemente nas ancas e me puxares para o teu colo. Estás de boxers e uma camisa abotoada apenas por 2 botões, a qual trato logo de desabotoar e tirar, mal me sento no teu colo, sentindo os nossos centros em fogo em contacto.

A tua boca encaminha-se para o meu pescoço e as tuas mãos percorrem as minhas costas, até tirarem atrevidamente o meu soutien. As minhas mãos por sua vez, sentem os teus ombros e arranham-te costas abaixo, puxando-te para mim quando chego ao final das mesmas.

O cheiro a maresia alcança-nos e o Sol do fim da tarde banha-nos com os seus últimos raios de calor e luz, naquela tarde de primavera, com tons avermelhados reflectidos na água do mar e na areia pálida.

Suspiramos ofegantemente quando as nossas bocas finalmente se enleiam e as nossas mãos se trancam uma na outra, sentindo o pulsar veloz dos nossos corações, a bater por entre os nossos dedos esguios e a suar.

Movimentos descompassados, mas sempre determinados, encaixam-nos e estabelecem uma união selvagem e prazerosa, que dura o tempo necessário até cairmos de cansaço, totalmente relaxadas e a tremer, com o desejo a abandonar-nos em ondas espaçadas, os nossos corpos, num frêmito intenso e vibrante.

(29/05/2009)

19 de maio de 2009

Breathe me

Sia - Breathe me
Help, I have done it again
I have been here many times before
Hurt myself again today
And the worst part is there's no-one else to blame
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
and needy
Warm me up
And breathe me
Ouch I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found
Yeah I think that I might break
Lost myself again and I feel unsafe
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
and needy
Warm me up
And breathe me

* Tenho as mãos cansadas e trémulas, assim como o meu coração e mente *

(Foto tirada pela Cláudia, que adora mãos e as minhas não lhe passaram despercebidas lol)

13 de maio de 2009

Quebrar estereotipos

Depois de ter visto ontem um programa sobre descobrir se uma pessoa é homossexual através de dados científicos e de hoje ter recebido de presente da minha Mia hon uma chucha, resolvi fazer um post sobre o facto de quebrar estereotipos, pois há tantos na sociedade e que precisam TANTO de ser quebrados!! :O
Todas as pessoas os têm e alguns até se compreendem, é verdade, mas há outros que são ridículos e acredito que aos poucos (se todos fizerem um esforço e tiverem mente aberta), será possível mudar algumas mentes mais teimosas e inflexíveis. Eu tenho esperança de que podemos mudar a sociedade nalguns pontos. Talvez seja meio utópico da minha parte, mas eu olhando para mim mesma e para aqueles que me são próximos, apercebo-me que realmente é possível e fico feliz por isso.
Confesso que eu mesma tenho alguns preconceitos e formas de pensar impostas pela sociedade, pois mesmo sendo rebelde ao crescer e mesmo já na nossa vida adulta, há sempre tendência para se incutir algumas regras que a sociedade impõe ou tenta impingir ao longo de toda a nossa vida, através das várias fases da mesma.
Começamos logo na infância com a estupidez, quando dizem que as meninas brincam com bonecas e os meninos com carrinhos, porque senão não são normais. Epah a conclusão a que chego é que eu e a maioria dos meus amigos somos anormais, porque eu sempre brinquei com ambos e não é por isso que cresci de forma menos saudável ou "anormal" -.-"
Depois na adolescência reclamam com as companhias e lá entra a bela da frase "Se te dás com aquele/a és isto ou aquilo...". Ai não há paciência para este rótulos sinceramente... Eu sempre me dei com pessoas de todos os estilos, orientações sexuais e estratos sociais e não é por isso que me perdi ou deixei de fazer fosse o que fosse... Puderá ter a ver com a educação que me deram ou com o facto de ter consciência dos perigos e consequências dos meus actos, não sei mesmo, mas continuei sempre a minha vida sem me preocupar com o que pensavam.
Na vida adulta classificam-te dependendo da tua situação profissional e profissional, pois há profissões e modos de vida "in" e "out" e mais uma vez, não tenho paciência para aturar estas imposições estúpidas da sociedade!
Tudo isto para chegar à conclusão de hoje á tarde. Tive nos armazéns do chiado de chucha na boca, meio a escondê-la é verdade, mas tive loool e ao lado tinha duas amigas minhas de chupa na boca, que depois quando acabaram os ditos, puseram também chuchas na boca todas contentes da vida. Como se não bastasse isso, depois ainda andamos com as chuchas penduradas com as correntes típicas =P
As pessoas olhavam como se fossemos malucas. Umas ficavam espantadas, outras riam-se e outras olhavam com inveja. Inveja põem-me a pensar e a sentir orgulhosa da minha coragem, pois eu tenho coragem para fazer aquelas figuras sem me importar com o que os outros pensam ou não, fazendo algo que acho engraçado e me acalma, pois quem bem me conhece, sabe que eu levo a vida a morder o que me aparece à mão, seja a palhinha do leite, uma colher de plástico, as mangas do casaco, entre outras coisas.
Desde pequena que tenho essa mania, pois mordia uma fralda. Se me tiravam a fralda, mordia o que aparecia lool nem que fosse os dedos *vergonha*
Não usei chucha, não sei porquê, mas posso dizer que hoje gostei de morder a chuca, acalmou-me e às tantas esqueci-me de onde estava e caguei para quem estava a olhar para mim, pois no início ia reparando nos olhares e reações das pessoas, como boa observadora que sou.
Há que quebrar os preconceitos da sociedade gradualmente, da maneira e em que campo for. Eu ainda acredito nas pessoas, por muito que por vezes olhe à volta e ache que estamos condenados à estupidez e falsidade, principalmente quando olho para algumas pessoas da nova geração, pois as crianças de hoje em dia não são como as do meu tempo... E isso deixa-me triste às vezes, pois têm mente aberta e mais oportunidades, mas parece que não sabem tirar proveito disso. E não me venham dizer que são pressionados e são uns coitadinhos, porque isso não justifica nada e não os torna diferentes em nada.
Thanks pela tarde meninas, foi a loucura e sem dúvida especial <3
E sim, é oficial, sou um guaxini *.*
"Eu vi e era a tua cara Katta, tive de comprar e oferecer-te!" XD
Fiz má cara, revirei os olhos, mas adorei Mia! Thanks mesmo, foi algo bonito e um momento marcante em pleno Chiado, onde há sempre muito pouca gente não é? =P
P.S. Para quem não sabe, a Mia chama-me de guaxini por causa da marca dos óculos de sol, pois fico sempre todos os anos, pois ando sempre com eles postos -.-"
Também há a versão panda, que é da autoria da Sofia... -.-"
Elas no fundo até são fofinhas ao darem-me estes nomes e rirem-se muito, mas enfim....Eu até que nem me importo, porque depois têm sempre de me mimar pois sentem-se culpadas por me chamarem nomes xD hehe no prejuízo é que eu não fico! *happy dance*