30 de junho de 2009

Ponto de Luz

Escutando no vento

Tua voz secreta

Que me sopra por dentro

Deixa-me ser só ser

No teu colo eu me entrego

Para que me nutras

E me envolvas

Deixa-me ser só ser

Um ponto de luz

Que me seduz

Aceso na alma

Um ponto de luz

Que me conduz

Aceso na alma

Por trás dessa nuvem

Ardendo no céu

O fogo do sol raia

Eternamente quente

Liberta-me a mente

Liberta-me a mente

Um ponto de luz

Que me seduz

Aceso na alma

Um ponto de luz

Que me seduz

Aceso na alma

O seu corpo deslizava languidamente pelas pedras da calçada, os seus pés descalços e ensanguentados suportavam o seu peso leve, mas que devido ao cansaço, parecia pesado.

A noite tinha sido longa e extenuante, e agora aos primeiros raios de Sol, a cidade parecia-lhe ainda maior, pois via tudo claramente, ao contrário de quando era de noite e via as coisas parcialmente, à luz artificial e ténue dos candeeiros, da luz das montras das lojas e da Lua, que quase desaparecia num céu estrelado, mas com nuvens.

Deambulou horas a fio, tentando encontrar um lugar calmo e aconchegante, mas sem sucesso. Só agora de manhã é que conseguia ter consciência do que procurava, um lugar onde se pudesse isolar do mundo e sentir paz e vida pura.

Estava tão cansada dos mesmos sítios, pessoas e sentimentos... Não havia praticamente nada de novo, onde se pudesse ligar e sentir inteira. Por isso decidira vaguear pela cidade de noite, onde tudo é mais calmo e silencioso, pois sentia essa necessidade.

A noite toda andou e nada de novo viu. Só quando o dia começou a nascer e já não sabia onde estava, encontrou um jardim. Não se sentiu nada perdida mal o viu, muito pelo contrário, sentiu que encontrou o sítio que procurara a noite toda e resolveu entrar pelos portões convidativos, enferrujados pelo tempo.

Os seus pés em contacto directo com o solo devolveram-lhe o sorriso que há muito não existia no seu rosto, o vento acariciou-lhe a cara e as mãos, fazendo todo o seu corpo balançar alegremente. As feridas já não lhe ardiam, os seus olhos cansados e sem vida, ficaram atentos e vivaços, quando contemplaram a beleza da Natureza e foram envolvidos pela paz ali presente naquele jardim escondido no meio da civilização frenética e apática que há numa grande cidade.

Deu gargalhadas de satisfação, rodopiou até cair no chão de tão tonta que estava. Tinha encontrado um refúgio e isso era uma lufada de ar fresco na sua vida, sabia bem.

2 comentários:

Anónimo disse...

ja tinha lido o texto :o e tou com a impressao de que ja o tinhas postado.

Eu tou com bueee sono, se me deito morro até as 8 da noite!

E bela musica catarina carmen (:***

Anónimo disse...

Sempre tiveste um fascínio por jardins que é uma coisa parva! Mas faziam-te bem já há uns anos e pelos vistos continuam a fazer, isso é saudável miuda e ainda bem.
Já sei das tuas aventuras com o skate, vê lá se tens cuidado ou ainda te aleijas a sério... Dps do skate, vais ter de aprender surf connosco e nem adianta fazeres má cara, ouviste?! *grin*

Beso churri (eu não resisto a chamar-te assim, não me mates dps!) hehe

Maria