1 de julho de 2009

Alvorada

A alma ascendia como se fosse para o céu, naquele início de dia, quando o bréu desaparecia e dava lugar a uma tonalidade vermelha, que flamejava no céu e iluminava toda a planície.
Os reflexos no rio evidenciavam a alvorada que nascia, sendo completada pela paisagem verdejante dos campos envolventes, mais vincados pelo clarear do amanhecer.
O silêncio imperava, ouvindo-se apenas os sons revigorantes da Natureza, o que conferia ao ambiente uma sensação de paz e liberdade, que se manifestava em sorrisos e suspiros de felicidade.
Os olhos fotografavam aquela esplendorosa imagem, gravando na mente cada pedaço visto e vivido, perpetuando assim aquelas horas, de intermináveis minutos e segundos bem aproveitados, assinalados pela intensidade de beijos, toques e abraços.
A efemeridade ali não tinha espaço para existir, dando vontade de congelar aquela noite e início de dia, nada ou pouco planeado e em si tão espontâneo e real, que quase se podia marcá-la na pele, para respirá-lo mais tarde.

(26/05/2009 )

Neste momento queria voar, desaparecer durante umas horas e não ouvir os berros que ecoam na minha cabeça. Não queria ter o gosto amargo que tenho na boca e a garganta arranhada de gritar também... Queria ser livre por alguns instantes e ter o abraço da pessoa que me sabe acalmar. Vou fugir durante umas horas, isolar-me do mundo e ser livre.

*21*

1 comentário:

Anónimo disse...

quero tanto fazer isso, mas tu não te vais isolar nada vais masé para o refugio 'spot das pitas melhorado' e brincar com bolinhas :p*