30 de maio de 2009

Explode

Estou tão viciada nesta música, que quase a podia considerar a banda sonora da minha vida nos últimos dias =P

Sentada à beira-mar, observando a rebentação das ondas, deixo o meu corpo desprender-se de mim e voar por cima da água, pairando levemente como se fosse um pássaro. Depois de voar livremente por algum tempo, sinto o teu olhar recair sobre mim, desde a cabana onde passamos a última noite, pois estavas lá sentada a olhar na minha direcção.

Levanto-me e constato que realmente olhas para mim, com um ar tão sereno e um sorriso nos lábios, a felicidade estampada no teu belo rosto.

Caminho apenas de lingerie e com uma écharpe a cobrir-me o corpo salgado e cansado da noite anterior, fitando-te com um sorriso também, procurando os teus olhos brilhantes, que me penetram a mente e me lembram da nossa união horas antes.

Em modo de provocação, passo a língua pelos lábios e deixo cair a écharpe, que desliza pelo meu corpo moreno e ondulante, quando chego perto de ti, já ofegante...

Sentada nas escadas, estendes-me as mãos para me agarrares firmemente nas ancas e me puxares para o teu colo. Estás de boxers e uma camisa abotoada apenas por 2 botões, a qual trato logo de desabotoar e tirar, mal me sento no teu colo, sentindo os nossos centros em fogo em contacto.

A tua boca encaminha-se para o meu pescoço e as tuas mãos percorrem as minhas costas, até tirarem atrevidamente o meu soutien. As minhas mãos por sua vez, sentem os teus ombros e arranham-te costas abaixo, puxando-te para mim quando chego ao final das mesmas.

O cheiro a maresia alcança-nos e o Sol do fim da tarde banha-nos com os seus últimos raios de calor e luz, naquela tarde de primavera, com tons avermelhados reflectidos na água do mar e na areia pálida.

Suspiramos ofegantemente quando as nossas bocas finalmente se enleiam e as nossas mãos se trancam uma na outra, sentindo o pulsar veloz dos nossos corações, a bater por entre os nossos dedos esguios e a suar.

Movimentos descompassados, mas sempre determinados, encaixam-nos e estabelecem uma união selvagem e prazerosa, que dura o tempo necessário até cairmos de cansaço, totalmente relaxadas e a tremer, com o desejo a abandonar-nos em ondas espaçadas, os nossos corpos, num frêmito intenso e vibrante.

(29/05/2009)

19 de maio de 2009

Breathe me

Sia - Breathe me
Help, I have done it again
I have been here many times before
Hurt myself again today
And the worst part is there's no-one else to blame
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
and needy
Warm me up
And breathe me
Ouch I have lost myself again
Lost myself and I am nowhere to be found
Yeah I think that I might break
Lost myself again and I feel unsafe
Be my friend
Hold me, wrap me up
Unfold me
I am small
and needy
Warm me up
And breathe me

* Tenho as mãos cansadas e trémulas, assim como o meu coração e mente *

(Foto tirada pela Cláudia, que adora mãos e as minhas não lhe passaram despercebidas lol)

13 de maio de 2009

Quebrar estereotipos

Depois de ter visto ontem um programa sobre descobrir se uma pessoa é homossexual através de dados científicos e de hoje ter recebido de presente da minha Mia hon uma chucha, resolvi fazer um post sobre o facto de quebrar estereotipos, pois há tantos na sociedade e que precisam TANTO de ser quebrados!! :O
Todas as pessoas os têm e alguns até se compreendem, é verdade, mas há outros que são ridículos e acredito que aos poucos (se todos fizerem um esforço e tiverem mente aberta), será possível mudar algumas mentes mais teimosas e inflexíveis. Eu tenho esperança de que podemos mudar a sociedade nalguns pontos. Talvez seja meio utópico da minha parte, mas eu olhando para mim mesma e para aqueles que me são próximos, apercebo-me que realmente é possível e fico feliz por isso.
Confesso que eu mesma tenho alguns preconceitos e formas de pensar impostas pela sociedade, pois mesmo sendo rebelde ao crescer e mesmo já na nossa vida adulta, há sempre tendência para se incutir algumas regras que a sociedade impõe ou tenta impingir ao longo de toda a nossa vida, através das várias fases da mesma.
Começamos logo na infância com a estupidez, quando dizem que as meninas brincam com bonecas e os meninos com carrinhos, porque senão não são normais. Epah a conclusão a que chego é que eu e a maioria dos meus amigos somos anormais, porque eu sempre brinquei com ambos e não é por isso que cresci de forma menos saudável ou "anormal" -.-"
Depois na adolescência reclamam com as companhias e lá entra a bela da frase "Se te dás com aquele/a és isto ou aquilo...". Ai não há paciência para este rótulos sinceramente... Eu sempre me dei com pessoas de todos os estilos, orientações sexuais e estratos sociais e não é por isso que me perdi ou deixei de fazer fosse o que fosse... Puderá ter a ver com a educação que me deram ou com o facto de ter consciência dos perigos e consequências dos meus actos, não sei mesmo, mas continuei sempre a minha vida sem me preocupar com o que pensavam.
Na vida adulta classificam-te dependendo da tua situação profissional e profissional, pois há profissões e modos de vida "in" e "out" e mais uma vez, não tenho paciência para aturar estas imposições estúpidas da sociedade!
Tudo isto para chegar à conclusão de hoje á tarde. Tive nos armazéns do chiado de chucha na boca, meio a escondê-la é verdade, mas tive loool e ao lado tinha duas amigas minhas de chupa na boca, que depois quando acabaram os ditos, puseram também chuchas na boca todas contentes da vida. Como se não bastasse isso, depois ainda andamos com as chuchas penduradas com as correntes típicas =P
As pessoas olhavam como se fossemos malucas. Umas ficavam espantadas, outras riam-se e outras olhavam com inveja. Inveja põem-me a pensar e a sentir orgulhosa da minha coragem, pois eu tenho coragem para fazer aquelas figuras sem me importar com o que os outros pensam ou não, fazendo algo que acho engraçado e me acalma, pois quem bem me conhece, sabe que eu levo a vida a morder o que me aparece à mão, seja a palhinha do leite, uma colher de plástico, as mangas do casaco, entre outras coisas.
Desde pequena que tenho essa mania, pois mordia uma fralda. Se me tiravam a fralda, mordia o que aparecia lool nem que fosse os dedos *vergonha*
Não usei chucha, não sei porquê, mas posso dizer que hoje gostei de morder a chuca, acalmou-me e às tantas esqueci-me de onde estava e caguei para quem estava a olhar para mim, pois no início ia reparando nos olhares e reações das pessoas, como boa observadora que sou.
Há que quebrar os preconceitos da sociedade gradualmente, da maneira e em que campo for. Eu ainda acredito nas pessoas, por muito que por vezes olhe à volta e ache que estamos condenados à estupidez e falsidade, principalmente quando olho para algumas pessoas da nova geração, pois as crianças de hoje em dia não são como as do meu tempo... E isso deixa-me triste às vezes, pois têm mente aberta e mais oportunidades, mas parece que não sabem tirar proveito disso. E não me venham dizer que são pressionados e são uns coitadinhos, porque isso não justifica nada e não os torna diferentes em nada.
Thanks pela tarde meninas, foi a loucura e sem dúvida especial <3
E sim, é oficial, sou um guaxini *.*
"Eu vi e era a tua cara Katta, tive de comprar e oferecer-te!" XD
Fiz má cara, revirei os olhos, mas adorei Mia! Thanks mesmo, foi algo bonito e um momento marcante em pleno Chiado, onde há sempre muito pouca gente não é? =P
P.S. Para quem não sabe, a Mia chama-me de guaxini por causa da marca dos óculos de sol, pois fico sempre todos os anos, pois ando sempre com eles postos -.-"
Também há a versão panda, que é da autoria da Sofia... -.-"
Elas no fundo até são fofinhas ao darem-me estes nomes e rirem-se muito, mas enfim....Eu até que nem me importo, porque depois têm sempre de me mimar pois sentem-se culpadas por me chamarem nomes xD hehe no prejuízo é que eu não fico! *happy dance*

9 de maio de 2009

Big girls don't cry

Engole o choro e cessa as lágrimas que te caem pela cara abaixo. Pára de soluçar e de te encolher no teu próprio corpo, pois não te adianta de nada e ninguém se vai importar com a tua fragilidade.
Habitua-te que o mundo é cruel e mentaliza-te que quase ninguém verá as tuas lágrimas e ouvirá os teus soluços. Incessantemente repetes o mesmo erro, mas para quê? É uma tentativa para que alguém te ajude ou apenas não sabes fazer mais nada do que chorar e lamentar-te por tudo?
Vê se cresces menina, já é tempo! Sê forte e enfrenta as coisas com determinação, pois assim vão respeitar-te e não duvidar de ti.
Eu dou-te a mão desta vez, mas será a última vez que isso acontece, pois não posso ser omnipresente e ajudar-te sempre que precisas que alguém te puxe para a realidade e abra os olhos.
Agarra-a com toda a tua força e quando te ajudar a levantar, levanta também toda a tua força interior e ergue-te como uma adulta forte e destemida, pois essas características estão dentro de ti desde que começaste a crescer, tu é que não sabes exteriorizá-las por vezes.

Vem, segue-me e mantém-te assim. Vou estar sempre aqui, mas dentro de ti. Quando estiveres perdida e desesperada, procura-me, mas cautelosamente. Lembra-te que sou a tua consciência e força, a chave para dar-te paz ou atormentar-te, dependendo da situação.

7 de maio de 2009

High Heels

Sorrisos forçados. Olhares vazios. Corpo rígido e em tensão. Almas perdidas, a vaguear no espaço intemporal que é a vida.

Ela percorria a rua, com os sapatos de salto alto na mão, que lhe pareciam pesados (apesar do seu peso leve), arrastando o seu corpo cansado e a sua mente exausta, de tanto pensar, pelas pedras da já tão polida calçada.

Avançava lentamente, olhando tudo à sua volta, como se da primeira vez se tratasse. Via sofrimento, futilidade, cinismo, entre outros sentimentos e aparências negativas.

Também ela estava perdida, mas desta vez havia a variante de ter desistido de lutar, tentar ser alguém que não era, nem nunca ia ser. Não ia mais ceder ao cliché da sociedade, tentar ser uma senhora, quando interiormente se sentia uma menina, que ainda tem vontade de usar roupa e calçado confortável, sentir-se livre em quase todos os aspectos e não andar presa ao conceito de responsabilidade que é imposto, até quando se sai à noite.

Por momentos sentou-se na berma da estrada, olhando à volta os corpos todos produzidos e falsos das mulheres que passavam e pensou para consigo “Eu sou livre e elas não”. Deu-lhe então uma imensa vontade de rasgar o seu vestido, de correr descalça pela rua, pisar as poças de água que se encontravam ao longo da estrada e sentir-se viva como quando era pequena e despreocupada.

Doiam-lhe os músculos e em particular os pés, pois os saltos altos tinham-lhe causado bolhas e feridas que ardiam incansavelmente há horas. Uma trovoada ouviu-se no céu e ela assustada, levantou-se e começou a correr, esquecendo as dores que a impediam de andar mais rápido ou mesmo correr anteriormente, fugindo de medo. Sentiu-se livre e assustada ao mesmo tempo, uma mistura estranha de sensações e parecia que tinha recuado uns anos, quando corria assustada para o quarto dos seus pais a meio da noite quando havia trovoada, mas a diferença aqui é que era já uma jovem e corria pela rua, após ter saído duma discoteca onde tinha ido com os amigos dançar e fingir ser alguém que não era.

Gotas de água. Cansaço físico de tanto correr. Sensação de liberdade. Uma alma encontrada e feliz consigo mesma, encaminhando-se para a suposta paz interior que o ser humano deve alcançar na chamada: vida.

6 de maio de 2009

Playground Love

Playground Love - Air

I'm a high school lover,
and you're my favorite flavor
Love is all, all my soul
You're my Playground Love
Yet my hands are shaking
I feel my body remain,
Times no matter, I'm on fire
On the playground, love
You're the piece of gold that flushes all my soul
Extra time, on the ground
You're my Playground Love
Anytime, anyway,
You're my Playground Love

4 de maio de 2009

Gia

Este é um dos meus filmes preferidos mesmo, fez-me chorar e rir, tudo misturado. Quando acabou, voltei ao princípio e vi tudo outra vez! =) Vou pôr aqui algumas frases que adoro no filme e me marcaram.

Gia Carangi: Life and death, energy and peace. If I stop today it was still worth it. Even the terrible mistakes that I made and would have unmade if I could. The pains that have burned me and scarred my soul, it was worth it, for having been allowed to walk where I've walked, which was to hell on earth, heaven on earth, back again, into, under, far in between, through it, in it, and above.
Gia Carangi: You scare the shit out of people so they can't see how scared you are.
Gia Carangi: I'd tell them that you don't have to be anybody. Because I'd know that being somebody doesn't make you anybody anyway.

T.J.: Sex was really easy. There was sex everywhere. It didn't really mean too much. Love, love was the hard thing to find. Even if you were looking for it, which not too many people were. And even if you found it, which not too many people did, even if it was right there in front of you. No; how could you see it with all the sex in the way?

Gia Carangi: I met somebody, someone I really like.
Wilhemina Cooper: Good! Good for you. Take a deep breath darling. You are in for the ride of your life.

Gia Carangi: You know what I think? I think there's a reason for everything. And I think that there's a plan for everyone. And I think that God has a big plan for me. Just not in this life.

2 de maio de 2009

Muro

Podem tentar deitar o meu muro abaixo, mas não vão conseguir! Podem deitar abaixo alguns tijolos, ou mesmo os tijolos todos, mas não vão conseguir abalar as estruturas firmes que contruí para manter sempre a base do meu muro, para assim puder voltar a construir tudo novamente, se parte dele ou tudo, ruir. Com isto tudo quero dizer que a minha essência, por mais investidas e derrotas que tenha, continua sempre lá, é a minha base e isso nada nem ninguém me poder tirar.